A ASA é uma das classificações mais bem aceitas pela comunidade científica. Ela observa a fisiologia do paciente com relação a anestesia que será utilizada e a cirurgia.
A sua importância maior está no bem-estar do paciente, pois com a classificação é possível assegurar quase sempre o sucesso da garantia.
Assim como dito anteriormente, essa classificação possui seis categorias, confira elas:
Classificação ASA I
Se trata do grupo de pessoas que estão saudáveis, não havendo nenhum desses distúrbios:
orgânico;
fisiológico;
bioquímico;
psiquiátrico.
Ou seja, pacientes 100% saudáveis, que não fumam e que não fazem uso de grandes quantidades de álcool.
Casos como um paciente com hérnias ou fraturas são aceitos nesta classificação.
Pacientes com classificação ASA I não precisam de diagnósticos de imagem ou exames laboratoriais, devido ao seu excelente estado de saúde .
Somente a anamnese e a avaliação clínica já bastam para seguir com o procedimento cirúrgico.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,06 a 0,08%.
Classificação ASA II
Essa classificação engloba pacientes que contam com doenças sistêmicas leves a moderados, que normalmente não estão relacionados a cirurgia.
Essas doenças não prejudicam ou afetam as funcionalidades do organismo e nessa classificação é possível aplicar a pacientes:
fumantes;
grávidas;
com diabetes;
com doença pulmonar leve;
que ingerem bebidas alcoólica socialmente;
com doença cardíaca leve.
Desse modo, é possível diagnosticar com base em doenças que não afetam as funcionalidades do organismo e prosseguir a próxima classificação.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,27 a 0,40%.
Classificação ASA III
No ASA III são classificados pacientes com distúrbios sistêmicos mais graves, que podem estar relacionados a cirurgia ou não.
Essas doenças podem prejudicar ou limitar algumas funcionalidades do organismo, como por exemplo:
marca-passo cardíaco implantado;
paciente com histórico de infarto;
diabetes mal controlada;
hipertensão mal controlada;
entre outros.
É necessário examinar o histórico do paciente para verificar se ele não se encaixa nessa classificação.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 1,8 a 4,3%.
Classificação ASA IV
Se trata de pacientes com distúrbios sistêmicos graves, que comprometem o risco de vida constante, com ou sem cirurgia.
Em seguida, confira alguns exemplos de pacientes que encaixam nessa classificação ASA:
pacientes com acidente vascular cerebral (AVC);
isquemia cerebral;
isquemia miocárdica;
pacientes com infarto recente;
insuficiência respiratória aguda;
insuficiência cardíaca crônica (ICC);
doença renal grave;
entre outros.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 7,8 à 23%.
Classificação ASA V
É a classificação que indica que o paciente não terá esperança de sobrevida caso não passe por uma cirurgia urgentemente.
Ou seja, a cirurgia é seu último recurso.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 9,4% a 51%.
ASA VI
Se trata de pacientes com morte cerebral declarada, em que os órgãos irão ser retirados para a doação.
Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 100%.
