Restiva
Restiva 5mg Mundipharma, contém 2 adesivos transdérmicos. O medicamento é absorvido pela pele, atingindo a corrente sanguínea e bloqueando as mensagens de dor enviadas ao cérebro. Indicado para aliviar dores moderadas a severas, de uso contínuo por 7 dias, sob orientação e prescrição médica.

Pregabalina
Indicação
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? A pregabalina é indicada para adultos para: tratamento da dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema nervoso) em adultos; como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária em adultos; tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada em adultos; controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono) em adultos.
Princípio Ativo
pregabalina
Concentração
cápsula dura de 75 mg e 150 mg
Apresentação
Cápsula Dura 75 mg: embalagem contendo 30 cápsulas. Cápsula Dura 150 mg: embalagem contendo 30 cápsulas.
Contra-indicação
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? A pregabalina não deve ser utilizada se você tem hipersensibilidade (alergia) conhecida à pregabalina ou a qualquer componente da fórmula. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Gabapentina
Gabapentina, para o que é indicado e para o que serve?
Epilepsia
Gabapentina é indicado como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária, em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade. A segurança e eficácia da monoterapia em crianças com menos de 12 anos de idade não foram estabelecidas.
Gabapentina também é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade.
Dor neuropática
Gabapentina é indicado para o tratamento da dor neuropática em adultos a partir de 18 anos de idade. A segurança e eficácia em pacientes com menos de 18 anos não foi estabelecida.
Quais as contraindicações do Gabapentina?
Gabapentina é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Como usar o Gabapentina?
Gabapentina é administrado por via oral, podendo ser ingerido com ou sem alimentos.
Geral
Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco alternativo, isto deve ser feito gradualmente, nunca com menos de uma semana.
Epilepsia
Adultos e pacientes pediátricos a partir de 12 anos de idade
Em estudos clínicos, a faixa de dose eficaz variou de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. O tratamento pode ser iniciado com a administração de 300 mg, três vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a dose (Tabela 2). Então, a dose pode ser aumentada em três doses igualmente divididas até um máximo de 3600 mg/dia. Doses de até 4800 mg/dia foram bem toleradas em estudos clínicos abertos de longo prazo. O intervalo máximo entre as doses no esquema de três vezes ao dia não deve ultrapassar 12 horas, para minimizar o risco de convulsões.
Tabela 2: Esquema de dosagem – titulação inicial
Dose | Dia 1 | Dia 2 | Dia 3 |
Manhã | – | 300 mg | 300 mg |
Tarde | – | – | 300 mg |
Noite | 300 mg | 300 mg | 300 mg |
Dor Neuropática
Adultos
A dose inicial é de 900 mg/dia, administrada em três doses igualmente divididas e aumentada se necessário com base na resposta ao tratamento até uma dose máxima de 3600 mg/dia. O tratamento deve ser iniciado titulandose a dose (Tabela 2).
Ajuste de dose na insuficiência renal em pacientes com dor neuropática ou epilepsia
O ajuste da dose é recomendado a pacientes com comprometimento de função renal (Tabela 5) e/ou em pacientes sob hemodiálise.
Tabela 5: Doses de Gabapentina baseadas na função renal de adultos
Clearance da creatinina (mL/min) | Dose Diária Total a(mg/dia) |
≥80 | 900 – 3600 |
50 – 79 | 600 – 1800 |
30 – 49 | 300 – 900 |
15 – 29 | 150b – 600 |
< 15 | 150b – 300 |
a A dose diária total deve ser administrada conforme a posologia de três vezes ao dia. As doses usadas para tratar os pacientes com função renal normal (clearance da creatinina ≥ 80 mL/min) variam de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. As doses devem ser reduzidas em pacientes com insuficiência renal (clearance da creatinina < 79 mL/min).
b Deve ser administrado 300 mg, em dias alternados.
Ajuste de Dose em Pacientes Idosos
As mesmas doses recomendadas para adultos, tanto para epilepsia como para dor neuropática, podem ser administradas em pacientes idosos. Para pacientes com função renal comprometida, a dose deve ser ajustada conforme a Tabela 3.
Ajuste de dose para pacientes em hemodiálise
Para os pacientes submetidos à hemodiálise que nunca receberam gabapentina, é recomendada uma dose de ataque de 300 mg a 400 mg e, posteriormente doses de 200 mg a 300 mg de Gabapentina após cada 4 horas de hemodiálise.
Dose omitida
Caso o paciente esqueça de administrar Gabapentina no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Gabapentina?
Epilepsia
A segurança de gabapentina foi avaliada em mais de 2000 indivíduos e em pacientes participantes de estudos de terapêutica de associação. O fármaco foi bem tolerado. Deste total, 543 pacientes participaram de estudos clínicos controlados. Como gabapentina foi frequentemente administrada em associação a outros fármacos anticonvulsivantes, não foi possível determinar qual(is) fármaco(s) foi(ram) responsável(is) pelos eventos adversos.
A gabapentina também foi avaliada como monoterapia em mais de 600 pacientes. Os eventos adversos observados foram geralmente de intensidade leve a moderada.
Incidência em estudos clínicos controlados com terapêutica combinada
A Tabela 6 lista os sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em pelo menos 1% dos pacientes com crises parciais, que participaram de estudos placebo-controlados como terapêutica de associação. Nestes estudos, tanto a gabapentina quanto o placebo foram administrados a pacientes recebendo outros fármacos anticonvulsivantes. Os eventos adversos mais frequentemente relatados foram considerados de intensidade leve a moderada.
Costart Sistema / Eventos Adversos (EA) | Gabapentina a (N = 543) | Placebo a (N = 378) | ||
nº de pacientes | (%) | nº de pacientes | (%) | |
Geral | ||||
Dor abdominal | 10 | 1,8 | 9 | 2,4 |
Dor lombar | 10 | 1,8 | 2 | 0,5 |
Fadiga | 60 | 11,0 | 19 | 5,0 |
Febre | 7 | 1,3 | 5 | 1,3 |
Cefaleia | 44 | 8,1 | 34 | 9,0 |
Infecção viral | 7 | 1,3 | 8 | 2,1 |
Cardiovascular | ||||
Vasodilatação | 6 | 1,1 | 1 | 0,3 |
Sistema Digestório | ||||
Constipação | 8 | 1,5 | 3 | 0,8 |
Anormalidades dentárias | 8 | 1,5 | 1 | 0,3 |
Diarreia | 7 | 1,3 | 8 | 2,1 |
Dispepsia | 12 | 2,2 | 2 | 0,5 |
Aumento do apetite | 6 | 1,1 | 3 | 0,8 |
Boca ou garganta seca | 9 | 1,7 | 2 | 0,5 |
Náusea e/ou vômito | 33 | 6,1 | 27 | 7,1 |
Hematológico e linfático | ||||
Leucopenia | 6 | 1,1 | 2 | 0,5 |
Diminuição da contagem de glóbulos brancos | 6 | 1,1 | 2 | 0,5 |
Metabólico e Nutricional | ||||
Edema periférico | 9 | 1,7 | 2 | 0,5 |
Ganho de peso | 16 | 2,9 | 6 | 1,6 |
Sistema Musculoesquelético | ||||
Fratura | 6 | 1,1 | 3 | 0,8 |
Mialgia | 11 | 2,0 | 7 | 1,9 |
Sistema Nervoso | ||||
Amnésia | 12 | 2,2 | 0 | 0,0 |
Ataxia | 68 | 12,5 | 21 | 5,6 |
Confusão | 9 | 1,7 | 7 | 1,9 |
Incoordenação | 6 | 1,1 | 1 | 0,3 |
Depressão | 10 | 1,8 | 4 | 1,1 |
Tontura | 93 | 17,1 | 26 | 6,9 |
Disartria | 13 | 2,4 | 2 | 0,5 |
Instabilidade emocional | 6 | 1,1 | 5 | 1,3 |
Insônia | 6 | 1,1 | 7 | 1,9 |
Nervosismo | 13 | 2,4 | 7 | 1,9 |
Nistagmo | 45 | 8,3 | 15 | 4,0 |
Sonolência | 105 | 19,3 | 33 | 8,7 |
Pensamento anormal | 9 | 1,7 | 5 | 1,3 |
Tremor | 37 | 6,8 | 12 | 3,2 |
Abalos musculares | 7 | 1,3 | 2 | 0,5 |
Sistema Respiratório | ||||
Tosse | 10 | 1,8 | 5 | 1,3 |
Faringite | 15 | 2,8 | 6 | 1,6 |
Rinite | 22 | 4,1 | 14 | 3,7 |
Pele e anexos | ||||
Escoriação | 7 | 1,3 | 0 | 0,0 |
Acne | 6 | 1,1 | 5 | 1,3 |
Prurido | 7 | 1,3 | 2 | 0,5 |
Rash | 8 | 1,5 | 6 | 1,6 |
Sentidos especiais | ||||
Ambliopia | 23 | 4,2 | 4 | 1,1 |
Diplopia | 32 | 5,9 | 7 | 1,9 |
Sistema Urogenital | ||||
Impotência | 8 | 1,5 | 4 | 1,1 |
Tabela 6: Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em ≥ 1% dos pacientes tratados com gabapentina em estudos placebo-controlados na terapia de associação
a Inclui tratamento concomitante com fármacos anticonvulsivantes.
Outros eventos adversos observados durante todos os estudos clínicos
Terapêutica combinada
São resumidos a seguir os eventos que ocorreram em pelo menos 1% dos participantes do estudo com epilepsia, que receberam gabapentina em terapêutica combinada em qualquer estudo clínico e que não foram descritos no item anterior, como sinais e sintomas que frequentemente ocorreram durante os estudos placebo-controlados.
- Geral: astenia, mal-estar, edema facial;
- Sistema cardiovascular: hipertensão;
- Sistema digestório: flatulencia, anorexia, gengivite
- Sistemas hematológico e linfático: púroura, mais frequentemente descrita como contusões resultantes de trauma;
- Sistema musculoesquelético: artralgia;
- Sistema nervoso: vertigem; hipercinesia; aumento, diminuição ou ausência de reflexos;parestesia, ansiedade hostilidade;
- Sistema respiratório: pneumonia
- Sistema urogenital: infecção do trato urinário;
- Sentidos especiais: visão anormal, mais frequentemente descrita como um distúrbio visual.
Monoterapia
Não foram relatados eventos adversos inesperados ou novos durante os estudos clínicos em monoterapia. Tonturas, ataxia, sonolência, parestesia e nistagmo correlacionaram-se à dose ao se comparar 300 mg/dia a 3600 mg/dia.
Uso em pacientes idosos
Cinquenta e nove indivíduos com idade a partir de 65 anos receberam gabapentina em estudos clínicos pré-comercialização. Os efeitos adversos relatados entre estes pacientes não diferiram do tipo de efeitos adversos relatados por indivíduos mais jovens. Para pacientes com a função renal comprometida, deve ser feito o ajuste da dose.
Interrupção do tratamento devido a eventos adversos
Terapêutica combinada
Aproximadamente 7% dos mais de 2000 voluntários sadios e pacientes com epilepsia, espasticidade ou enxaqueca, que receberam gabapentina em estudos clínicos, descontinuaram o tratamento devido a eventos adversos.
Em todos os estudos clínicos, os eventos que ocorreram mais frequentemente e que contribuíram para a descontinuação do tratamento com a gabapentina incluíram sonolência, ataxia, tontura, fadiga e náusea e/ou vômito. Quase todos os participantes tiveram queixas múltiplas e nenhuma delas pôde ser caracterizada como primária.
Monoterapia
Em estudos anteriores à comercialização, aproximadamente 8% dos 659 pacientes que receberam gabapentina como monoterapia ou passaram para a monoterapia, descontinuaram o tratamento devido a um evento adverso.
Os eventos adversos mais comumente associados com a descontinuação foram tontura, nervosismo, ganho de peso, náusea e/ou vômito e sonolência.
Dor neuropática
Tabela 7: Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em ≥ 1% de pacientes tratados com gabapentina em estudos de dor neuropática placebo-controlados
Costart Sistema / Eventos Adversos | Gabapentina (N = 821) | Placebo (N = 537) | ||
nº de pacientes | (%) | nº de pacientes | (%) | |
Geral | ||||
Dor abdominal | 23 | 2,8 | 17 | 3,2 |
Lesão acidental | 32 | 3,9 | 17 | 3,2 |
Astenia | 41 | 5,0 | 25 | 4,7 |
Dor lombar | 19 | 2,3 | 8 | 1,5 |
Sintomas de gripe | 21 | 2,6 | 14 | 2,6 |
Cefaleia | 45 | 5,5 | 33 | 6,1 |
Infecção | 38 | 4,6 | 40 | 7,4 |
Dor | 30 | 3,7 | 36 | 6,7 |
Sistema Digestório | ||||
Constipação | 19 | 2,3 | 9 | 1,7 |
Diarreia | 46 | 5,6 | 24 | 4,5 |
Boca seca | 27 | 3,3 | 5 | 0,9 |
Dispepsia | 16 | 1,9 | 10 | 1,9 |
Flatulência | 14 | 1,7 | 6 | 1,1 |
Náusea | 45 | 5,5 | 29 | 5,4 |
Vômito | 16 | 1,9 | 13 | 2,4 |
Metabólico e Nutricional | ||||
Edema periférico | 44 | 5,4 | 14 | 2,6 |
Ganho de peso | 14 | 1,7 | 0 | 0,0 |
Sistema Nervoso | ||||
Alteração da marcha | 9 | 1,1 | 0 | 0,0 |
Amnésia | 15 | 1,8 | 3 | 0,6 |
Ataxia | 19 | 2,3 | 0 | 0,0 |
Confusão | 15 | 1,8 | 5 | 0,9 |
Tontura | 173 | 21,1 | 35 | 6,5 |
Hiperestesia | 11 | 1,3 | 3 | 0,6 |
Sonolência | 132 | 16,1 | 27 | 5,0 |
Pensamento anormal | 12 | 1,5 | 0 | 0,0 |
Tremor | 9 | 1,1 | 6 | 1,1 |
Vertigem | 8 | 1,0 | 2 | 0,4 |
Sistema Respiratório | ||||
Dispneia | 9 | 1,1 | 3 | 0,6 |
Faringite | 15 | 1,8 | 7 | 1,3 |
Pele e anexos | ||||
Rash | 14 | 1,7 | 4 | 0,7 |
Sentidos especiais | ||||
Ambliopia | 15 | 1,8 | 2 | 0,4 |
Experiência pós-comercialização
Foram relatadas mortes súbitas inexplicadas em que a relação causal com o tratamento com gabapentina não foi estabelecida.
Os eventos adversos adicionais relatados pós-comercialização incluem aumento da creatinofosfoquinase sérica, rabidomiólise insuficiência renal aguda, agitação, reação alérgica incluindo urticária, alopecia, anafilaxia, angioedema, hiperglicemia e hipoglicemia (mais frequente em pacientes diabéticos), hipertrofia da mama, dor no peito, rash com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS), elevação nos testes de função hepática (LFTs), eritema multiforme, queda, edema generalizado, ginecomas
alucinações, hepatite, hipersensibilidade incluindo reações sistêmicas, hiponatremia, icterícia, perda de consciência, distúrbios de movimento tais como coreoatetose, discinesia e distonia, mioclonia, palpitação, pancreatite, disfunção sexual (incluindo alterações na libido, distúrbios de ejaculação e anorgasmia), síndrome de Stevens-Johnson, trombocitopenia, tinido e incontinência urinária.
Também foram relatados eventos adversos após a descontinuação abrupta de gabapentina. Os eventos mais frequentemente relatados foram ansiedade, insônia, náusea, dor e sudorese.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – Vigimed, disponível em https://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Gabapentina maior do que a recomendada?
Não foi observada toxicidade aguda com risco de vida nos casos de superdoses de gabapentina de até 49 g. Os sintomas da superdose incluíram tontura, visão dupla, fala empastada, sonolência, perda de consciência, letargia e diarreia leve. Todos os pacientes se recuperaram totalmente com terapêutica de suporte. A redução da absorção de gabapentina em doses maiores pode limitar a absorção do fármaco quando superdoses são ingeridas e, consequentemente, minimizar a toxicidade.
Embora a gabapentina possa ser removida por hemodiálise, baseado em experiência prévia, este procedimento geralmente não é necessário. Entretanto, em pacientes com insuficiência renal grave, a hemodiálise pode ser indicada.
Não foi identificada uma dose letal oral de gabapentina em camundongos e ratos que receberam doses de até 8000 mg/kg. Nos animais, os sinais de toxicidade aguda incluíram ataxia, dificuldade respiratória, ptose, hipoatividade ou excitação.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Gabapentina com outros remédios?
Existem relatos espontâneos e casos na literatura sobre depressão respiratória, sedação e morte associados à gabapentina quando co-administrado com depressores do SNC, incluindo opioides. Em alguns desses relatos, os autores consideraram a combinação de gabapentina com opioides um preocupação particular em pacientes frágeis, em idosos, em pacientes com doença respiratória subjacente grave, com polifarmácia e naqueles pacientes com distúrbios de abuso de substâncias.
Morfina
Em estudos envolvendo voluntários sadios (N=12), quando uma cápsula de liberação controlada de 60 mg de morfina foi administrada 2 horas antes de uma cápsula de 600 mg de gabapentina, a AUC média da gabapentina aumentou em 44% comparada a gabapentina administrada sem morfina. Isto foi associado a um aumento no limiar de dor (cold-pressor test). O significado clínico destas alterações não foi definido. Os valores dos parâmetros farmacocinéticos não foram afetados pela administração da gabapentina 2 horas após a de morfina. Os efeitos colaterais observados, mediados por opioides associados à administração da gabapentina e da morfina não foram significativamente diferentes dos associados à morfina e ao placebo. A magnitude da interação em outras doses não é conhecida.
Não foram observadas interações entre a gabapentina e o fenobarbital, a fenitoina, o ácido valproico ou a carbamazepina Os perfis farmacocinéticos da gabapentina no estado de equilíbrio são similares para indivíduos sadios e para pacientes epilépticos recebendo estes medicamentos anticonvulsivantes.
A coadministração de gabapentina com contraceptivos orais contendo noretindrona e/ou etinilestradiol não influencia a farmacocinética no estado de equilíbrio de qualquer dos componentes.
A coadministração de gabapentina com antiácidos contendo alumínio e magnésio reduz a biodisponibilidade da gabapentina em cerca de 20%. Recomenda-se que a gabapentina seja administrada 2 horas após a administração de antiácidos.
A excreção renal da gabapentina não é alterada pela probenecida.
Uma leve redução na excreção renal de gabapentina, que é observada quando este fármaco é coadministrado com cimetidina, parece não ter importância clínica.
Exames Laboratoriais
Foram relatados resultados falso-positivos no teste Ames N-Multistix SG® quando a gabapentina foi associada a outros fármacos anticonvulsivantes. Para se determinar a proteinúria, recomenda-se o procedimento mais específico de precipitação do ácido sulfossalicílico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Gabapentina?
Gerais
Embora não haja evidência de crises de rebote com a gabapentina, a suspensão abrupta de anticonvulsivantes em pacientes epilépticos pode precipitar o estado de mal epiléptico. Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco anticonvulsivante alternativo, isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo uma semana.
Geralmente, a gabapentina não é considerada eficaz no tratamento de crises de ausência.
O tratamento com gabapentina tem sido associado com tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de lesões acidentais (quedas). Há também relatos na pós-comercialização de confusão, perda de consciência e comprometimento mental. Assim, os pacientes devem ser avisados para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos da medicação.
Uso concomitante com opioides e outros depressores do SNC
Pacientes que necessitem de tratamento concomitante com opioides podem apresentar aumentos das concentrações de gabapentina. Os pacientes devem ser observados cuidadosamente sobre sinais de depressão do sistema nervoso central(SNC), como sonolência, sedação e depressão respiratória e as doses de gabapentina ou de opioides devem ser reduzidas apropriadamente.
Recomenda-se cautela ao prescrever gabapentina concomitantemente com opioides devido ao risco de depressão do SNC. Em um estudo de caso-controle observacional e aninhado de base populacional de usuários de opioides, a co-prescrição de opioides e gabapentina foi associada a um risco aumentado de morte relacionada aos opioides em comparação com o uso de prescrição de opioides sozinho (odds ratio ajustada [aOR], 1,49 [IC de 95%, 1,18 a 1,88, p <0,001]).
Não se deve ultrapassar o intervalo de 12 horas entre as doses de gabapentina para prevenir a reincidência de convulsões.
Reação alérgica com eosinofilia e sintomas sistêmicos
Reações de hipersensibilidade sistêmica, fatal, grave como rash com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) tem sido relatados em pacientes tomando antiepiléticos incluindo gabapentina.
É importante notar que manifestações precoces de hipersensibilidade, tais como febre ou linfadenopatia, podem estar presentes mesmo que o rash não esteja. Caso esses sinais ou sintomas estejam presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente. A gabapentina deve ser descontinuada se uma etiologia alternativa para os sinais ou sintomas não puder ser estabelecida.
Anafilaxia
A gabapentina pode causar anafilaxia. Sinais e sintomas em casos relatados incluem: dificuldade em respirar, inchaço nos lábios, garganta e língua e hipotensao que requerem tratamento de emergência. Os pacientes devem ser instruídos a descontinuar imediatamente a gabapentina caso notem sinais e sintomas de anafilaxia e deverão procurar atendimento médico imediato.
Abuso e Dependência
Casos de abuso e dependência foram relatados no banco de dados pós-comercialização. Como acontece com qualquer medicamento ativo no sistema nervoso central (SNC), avalie cuidadosamente os pacientes quanto a um histórico de abuso de medicamentos e observe-os quanto a possíveis sinais de abuso de gabapentina.
Fertilidade
Não há efeito sobre a fertilidade em estudos com animais.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Uso durante a gravidez
A gabapentina atravessa a placenta humana.
Foram notificadas malformações congênitas e reações adversas na gravidez com o uso de gabapentina, entretanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e e nenhuma conclusão definitiva pode ser considerada se a gabapentina está casualmente associada a um risco aumentado de malformações congênitas ou outras reações adversas de desenvolvimento quando usado durante a gravidez. O risco de defeitos no nascimento é aumentado pelo fator de 2-3 nos descendentes de mães tratadas com um medicamento antiepilético.
Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiv. O risco potencial para o ser humano é desconhecido. A gabapentina só deve ser utilizada durante a gravidez se o benefício potencial para a mãe superar claramente o risco potencial para o feto.
Uso durante a lactação
A gabapentina é excretada no leite materno. Devido ao efeito no lactente ser desconhecido, deve-se ter cuidado em administrar gabapentina a lactantes. A gabapentina deve ser utilizada em lactantes apenas se os benefícios superarem os riscos para o bebê.
Gabapentina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O paciente deve ser orientado a não dirigir ou operar máquinas potencialmente perigosas até que se saiba que o medicamento não afeta as suas habilidade de executar estas atividades.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.